FENÔMENOS NATURAIS

Ciclones Tropicais e Extratropicais





        Os ciclones tropicais, também chamados furacões ou tufões, são vórtices ciclônicos profundos que se desenvolvem na Região Tropical, normalmente entre latitudes de 10º a 20º, com diâmetro da ordem de 1000 km. Surgem sobre o oceano tropical, onde a água é quente e o suprimento de vapor d'água muito abundante, a partir de um centro de baixa pressão. Nem todos os vórtices ciclônicos evoluem até formarem um furacão. Alguns persistem como simples centros ciclônicos migratórios, ditos tempestades tropicais, que terminam desaparecendo. Outros, porém, se intensificam a uma taxa mais ou menos acelerada. Neste caso, podem se transformar em furacões (às vezes em menos de 24 horas), movendo-se rapidamente ou lentamente, ou mesmo estacionando por muitas horas. 
      Diferencia -se dos ciclones extratropicais por ter um núcleo quente e um centro bastante definido em sistemas mais intensos, conhecido como olho. A grande diferença de pressão atmosférica entre o centro do ciclone e suas vizinhanças, conhecida como força de gradiente de pressão, gera intensos ventos que podem ultrapassar 300 km/h em grandes ciclones. Seu giro característico, no sentido anti-horário no hemisfério norte e horário no hemisfério sul, é inicialmente causado pela força de Coriollis e postergada pela energia liberada pela condensação da umidade atmosférica. O ciclone tropical é movido pela energia térmica liberada quando o ar úmido sobe paras as camadas mais altas da atmosfera e o vapor de água associado se condensa
         Os ciclones tropicais também são capazes de gerar ondas fortíssimas e a maré de tempestade, uma elevação do nível do mar também causado pelos ventos intensos quando o sistema se aproxima de uma região costeira. Estes fatores secundários podem ser tão devastadores quanto os ventos e as chuvas fortes. Os ciclones tropicais formam-se a partir de perturbações atmosféricas sobre grandes massas de água quente, onde há alta concentração de calor e umidade que funcionam como seu combustível. No entanto, perdem sua intensidade assim que alcançam regiões costeiras e o continente, pois o calor e a umidade já não estão mais disponíveis. Esta é a razão de as regiões costeiras serem geralmente as áreas mais afetadas pela passagem de um ciclone tropical; regiões afastadas da costa são geralmente poupadas dos ventos mais fortes. Entretanto, as chuvas torrenciais podem causar enchentes severas e as marés de tempestade podem causar imensas inundações costeiras; em algumas ocasiões a água do mar pode chegar a mais de 40 quilômetros da costa. Seus efeitos podem ser devastadores para a população humana, embora possam amenizar estiagens.  
Fonte: http://tempoclimetsc.blogspot.com.br/                   

Tornados















      Denomina-se tornado a um turbilhão (redemoinho) muito forte que, partindo de uma nuvem cumulonimbus muito desenvolvida e rotativa conhecida como supercélula convectiva, associada a uma gigantesca tempestade, alcança a superfície terrestre, aspirando ar para a nuvem. Os tornados têm a duração aproximada de 20 minutos. O redemoinho, ou tuba, é, na realidade, um funil de detritos que raramente atinge diâmetro superior a 1Km. E, quando se formam sobre a superfície do mar, constituem as trombas d' água. O seu intenso movimento rotativo é capaz de desenvolver ventos à superfície com velocidade que pode ultrapassar a 300 km/h, o que confere aos tornados um potencial destrutivo por vezes assustador.

Processo de formação dos tornados
  • A massa de ar frio forma uma “tampa” sobre a massa de ar quente próxima ao solo, impedindo a formação de nuvens. Com a entrada de uma frente fria ou pelo aquecimento excessivo da faixa de ar próxima ao solo, o ar quente rompe a tampa e invade a massa de ar frio. 
  • O ar quente sobe e se expande, com velocidade que pode chegar a 250 KM/h. A instabilidade na atmosfera pode fazer com que o movimento de expansão ocorra em forma espiral. 
  • Umidade condensada cai em forma de chuva. Com a evaporação, o tornado se forma abaixo da “tampa”, em área onde não há chuva. Ao contrário dos furacões, os tornados são compactos e de curta duração.


Granizo














       Forma - se quando gotas de água, levadas pelas fortes correntes ascendentes, congelam, caem pela nuvem e são novamente capturadas na corrente ascendente. Uma camada adicional de água congela à volta da bola de gelo de cada vez que esta faz uma viagem ascendente pela nuvem. Eventualmente, o granizo torna-se pesado demais para ser de novo levado na ascenção, por isso cai para o chão. Grandes pedras de granizo, quando cortadas, mostram múltiplas camadas, indicando o número de viagens verticais que a pedra fez quando foi apanhada na célula convectiva.
Fonte: http://www.cptec.inpe.br/curiosidades/pt






Geada














        Geada é a formação de uma camada de cristais de gelo na superfície ou na folhagem exposta devido à queda da temperatura. A principal causa da formação de geada é a advecção de massa de ar polar.
       A geada é produzida quando a superfície terrestre perde muita energia para o espaço devido à ausência de nuvens; devido a isso a camada da atmosfera que está em contacto com a superfície e possui alguma umidade, condensa sobre o solo com o gradual arrefecimento ou diminuição da temperatura e congela quando a temperatura desce abaixo dos 0°C. O orvalho é um estado líquido intermédio entre a umidade do ar e os cristais de gelo.
         Também ocorre geada quando a água existente no ar sublima (passa do estado gasoso direto para o estado sólido, sem passar pelo líquido).

          Algumas características do relevo também influenciam na formação ou não de geada. 
Por exemplo, em depressões ou vales, costumam se formar acúmulos de ar frio que desce das montanhas propiciando o acúmulo de gelo. Regiões montanhosas ou muito altas, também costumam ter geada regularmente.

       Outro fator que influencia as geadas é limpidez do ar. Em regiões muito poluídas, o fenômeno não é tão comum, pois a presença de partículas suspensas (material particulado) dificultam a formação de cristais de gelo.
Fonte: http://www.cptec.inpe.br/curiosidades/pt

 O vídeo abaixo, explica com maiores detalhes o que é geada e sua formação.








Neve














       Neve são cristais de gelo que se forma nas nuvens em que a temperatura está entre - 20º C e - 40º C. Para formar flocos de neve, os cristais se juntam enquanto caem e se tornam úmidos, então, congelam novamente. Só chegarão ao solo como neve se o ar estiver gelado em todo o percurso atmosfera abaixo. Ser o ar estiver muito quente, os cristais podem evaporar tornando-se vapor de água outra vez ou derreter e cair como granizo ou chuva. O vídeo abaixo, mostra com maior detalhes a formação da neve e suas características. 
Fonte: http://www.cptec.inpe.br/curiosidades/pt




Nevoeiro















           É uma nuvem com a base próxima ou junto à superfície. Não há diferença física entre o nevoeiro e a nuvem, porque elas apresentam a mesma aparência e estrutura. A diferença essencial  é o método de desenvolvimento e aonde a formação ocorre. Nevoeiro forma-se quando o resfriamento do ar, ou a adição de vapor de água por evaporação, causam saturação. Nevoeiro é geralmente considerado num perigo da atmosfera. Quando o nevoeiro é leve, visibilidade é reduzida a 2 ou 3 km. Quando é denso, visibilidade pode ser reduzida a 12 metros ou menos, tornando transportação não somente difícil, mas também perigosa.
Mais detalhes, no vídeo abaixo. 




Nuvens














         Nuvem é um conjunto visível de partículas diminutas de gelo ou água em seu estado líquido ou ainda de ambos ao mesmo tempo (mistas), que se encontram em suspensão na atmosfera, após terem se condensado ou liquefeito em virtude de fenômenos atmosféricos. A nuvem pode também conter partículas de água líquida ou de gelo em maiores dimensões e partículas procedentes, por exemplo, de vapores industriais, de fumaças ou de poeiras.
      As nuvens apresentam diversas formas, que variam dependendo essencialmente da natureza, dimensões, número e distribuição espacial das partículas que a constituem e das correntes de ventos atmosféricos. A forma e cor da nuvem depende da intensidade e da cor da luz que a nuvem recebe, bem como das posições relativas ocupadas pelo observador e da fonte de luz (sol, lua, raios) em relação à nuvem. Maiores detalhes, sobre a formação das nuvens no vídeo abaixo.





Tempestades 











        

           As tempestades provocam precipitação de água líquida e gelo, na forma de chuvisco, chuva leve, moderada e forte, e quando é mais intensa com fortes correntes ascendentes e descendentes também granizo e saraiva. As tempestades podem aparecer isoladas, ou em grupo na forma de agrupamentos convectivos (cluster), de forma mais ou menos desorganizada, ou na forma de linhas de tempestades, chamadas linhas de instabilidade, ou ainda quando uma das tempestades do agrupamento cresce mais que todas as outras e atinge grandes proporções (tipicamente 10 km x 10 km x 12 km em latitudes médias) como uma super-célula. Nas regiões montanhosas de climas frios (latitudes médias) a tempestade pode provocar neve ou nevasca se o vento é intenso. Ao derreter neve fresca obtém-se água líquida na proporção aproximada de 10 para 1, por exemplo, um metro de neve fresca derrete para formar 100 mm (10 cm) de altura de água liquida sobre cada metro quadrado do terreno horizontal.
        Tempestades formam-se quando há suficiente liberação de calor latente pela condensação de gotas de nuvem e cristais de gelo (na parte fria da tempestade). Dentro da tempestade coexistem movimentos verticais ascendentes e descendentes intensos, o que gera muita turbulência mistura e entranhamento de ar pelo topo da tempestade a medida que ela cresce. O ar seco que entranha pelo topo é muito seco e evapora as gotas e cristais da nuvem gerando resfriamento das parcelas de ar e sua descida através da nuvem, na forma de correntes descendentes, ao mesmo tempo que correntes ascendentes sobem devido ao aquecimento das parcelas de ar pela liberação de calor latente de condensação. As tempestades ocorrem quando a atmosfera encontra-se termodinamicamente instável, há energia potencial disponível para ser convertida em movimento de ar ascendente dentro da nuvem e descendente fora da nuvem (na forma de uma célula de circulação), e quando há convergência do vento em superfície, por exemplo, junto a uma frente de rajada de brisa marítima durante o período convectivo.
              É interessante que novas células de tempestade podem se formar do lado em que o ar úmido adentra à tempestade principal (indutora). As células podem se deslocar em uma direção enquanto a tempestade em si ou o sistema de tempestades se desloca em outro. O sistema vai na direção do vento médio da troposfera enquanto as células individuais se propagem em uma direção intermediária entre o vetor médio troposférico e o oposto do vetor médio da baixa troposfera, isto é para uma direção inclinada em relação aquela que o ar úmido e instável entra na nuvem em baixos níveis.

Raios











         Um raio é uma descarga elétrica de grande intensidade que ocorre quando a rigidez dielétrica do ar é quebrada e cargas elétricas fluem diretamente da nuvem para o solo, ou vice-versa, produzindo diversos tipos de radiação eletromagnética, além de ondas sonoras, que são conhecidas como trovões. A principal diferença entre relâmpagos e raios consiste no fato de que o termo relâmpago refere-se a qualquer descarga elétrica atmosférica, enquanto um raio é uma descarga que ocorre entre a nuvem e o solo. Por isso, pode-se dizer que todo o raio é um relâmpago, mas nem todo o relâmpago é um raio. Mais informações referentes a formação dos raios, no vídeo abaixo.